É com imensa alegria, que hoje eu posto o discurso que fiz como oradora da turma, para nossa colação de Grau. Agradeço meu velho pai, pela ajuda. Infelizmente essa parte grifada foi completamente modificada, porque a composição da mesa estava com pequenas modificações. Então vamos lá:
Em
nome da Turma Paula Veloso Ventura, desejo à todos uma boa noite.
Nossos
cumprimentos ao excelentíssimo senhor Wolmir Amado, ao excelentíssimo senhor
Deputado Lívio Luciano, ao diretor do departamento Professor Doutor Ornídes
Cintra, ao coordenador do curso Professor Isaías Moreira, à nossa madrinha
prof.ª Izabel Calvão e ao nosso padrinho que cedeu o nome a turma Professor
Doutor Paulo Ventura.
Aproveito
o ensejo para agradecer ao convite de ser a oradora da turma, com ele aprendi
que existe produções tão difíceis quanto a monografia, Obrigada!
É
de praxe que a maioria dos oradores comece seus discursos com a citação de
algum grande autor ou poeta, mas seria contradição fazer um discurso comum para
uma turma tão... excêntrica. Uma turma incomum, que está acostumada a quebrar
protocolos e a dar trabalho para professores, palestrantes e mesmo assim,
deixar saudades, muitas saudades, né aula da saudade?! Por isso vou inverter o
meu discurso e começar pelo fim, agradecendo e homenageando a cada um desses
antigos acadêmicos e agora professores, portanto agradeço:
Ana Caroline por nos inspirar em cada
aula de dança, e nos mostrar que todo mundo é capaz de dança, inclusive o
Jayson Alencar!!
A Camila morais por surpreender a todos
e a si mesma com sua prática pedagógica escolar.
Ao Felipe Passos por sua humildade
perante o conhecimento e o respeito com todos, ser faixa preta em Karatê nunca
foi motivo para dar um surra em ninguém, né Jayson?
Ao Jayson, nosso obrigada por você ser
tão bom em vôlei, handbol, atletismo e mesmo assim se esforçar e conseguir nos
encantar dançando.
A Karla Juliana, por nos ensinar que ter
um foco e objetivo não nos impede de vivencia e aprender outras modalidades.
A Laylla Lanucci por sempre questionar e
nunca levar uma dúvida casa, nos mostrando a importância da pergunta no
processo de aprendizagem!
A Letícia pela delicadeza com que
defende o aprendizado por meio de jogos e brincadeiras.
Ao Mateus por surpreender pesquisando os
ganhos da atividade física para os doentes de Alzheimeir
A Mayara por se dedicar a diversidade
humana e perceber a importância da frase “Antes de apontar a deficiência do
outro, pense primeiro nas suas deficiências” dita pelo professor Rafael, em aula.
A Patrícia por ser apaixonada pela
natação contagiar essa paixão e mesmo assim nadar na ginástica laboral e
defende-la com garra.
A Sophia por representar o Tênis em
nossa turma e lutar pela presença dele no curso.
A Thaís por defender o ensino inclusivo
e se comover com os desafios que os deficientes enfrentam ao longo da vida,
ajudando os com a Educação Física.
E ao Wesley pela alegria contagiante de
todos os dias e por transpor essa felicidade no futebol nos mostrando com
seriedade a responsabilidade e a importância do juiz e as dificuldades de ser
um.
Agradeço
também aos nossos colegas que participaram do mesmo processo de formação, mas
que por alguma adversidade não pode participar desta colação, cito: Mariana
Robert e Karen defensores da capoeira e seus diversos campos de atuação, Felipe
Vaz que nadava no vôlei, a Rosangela e Jordana por representar a força feminina
no futebol, a Beatriz por questionar as habilidades do verdadeiro professor de
educação física, ao Alisson por mostrar a ligação existente na psicologia e na
educação física, e a todos os outros que contribuíram da sua forma para
engrandecer o nosso curso.
Todos
vocês juntos, formam um mosaico. Cada um é uma parte da cultura corporal que
representam uma área do conhecimento científico que é a Educação Física. Tão
complexa, tão completa e tão importante. Juntos, caros colegas, somos a força
dessa profissão, que tem acima de tudo a responsabilidade com o conhecimento,
unindo corpo e mente em uma eterna dialética. Temos o compromisso com a sociedade
a favor não só da saúde, mas principalmente da educação.
Não
podemos esquecer da luta que traçamos durante o curso, em respeito e
valorização da nossa profissão e sobretudo o direito de atuarmos em qualquer
âmbito profissional seja ele, nas escolas, em academias, nos hospitais, hotéis,
clubes, porque fomos muito bem qualificados para isso, para trabalharmos com
respeito, com ética e com criticidade. E apesar de nos chamarem de treinadores,
animadores, personal trainer, técnico e profissional da educação física, temos
a obrigação de discordar com essas definições e dizer com orgulho SOU PROFESSOR
DE EDUCAÇÃO FÍSICA, e em qualquer que seja minha área de atuação farei uso da
docência pra ensinar.
Por
isso caros colegas, a partir de hoje estamos aptos a entrar no mercado de
trabalho nestas áreas e em especial duas : Educação e saúde, que
constitucionalmente, cabe ao estado promover gratuitamente a toda população
brasileira. É dever do estado oferecer Educação e Saúde gratuita e de qualidade
a todo o povo brasileiro, sem distinção de classe social, raça credo.
Mas
infelizmente, a realidade está muito distante do que determina a costituição
brasileira. Nenhum país consegue nível satisfatório de desenvolvimento sem
investimento maciço em educação. Sem o conhecimento formal e científico, é
impossível conquistar tecnologia avançada e, pior ainda, se essa tecnologia não
estiver acessível a todos os níveis sociais.
Podemos
observar que, no Brasil, nenhum nível de governo, Federal, Estadual ou
municipal tem a educação como prioridade, enquanto a construção de palácios governamentais
, de justiça, de assembléia legislativa consomem bilhões de reais, escolas caem
aos pedaços; enquanto um senador da república para justificar o 14º, 15º,
16º,17º e 18º salários, diz com arrogância que uma remuneração de 19 mil reais
é insuficiente para a atividade política, o piso salarial de professores foi
reajustado em todo o Brasil para 1460 reais, 10% do humilhante salário recebido
pelo nobre senador.
E
esse pensamento o de não mudar esse panorama, é comum a todos os políticos. A
explicação é simples, um povo sem educação formal, sem conhecimento científico,
sem acesso a tecnologia, como a internet e outras ferramentas da web, torna-se
“massa de manobra”, favorecendo a constituição a manutenção de currais
eleitorais. Os temas Educação, saúde, segurança, transporte público, moradia
tornam se promessas de campanhas e uma vez solucionadas, esses políticos não
terão o que prometer ao povo nas eleições seguintes.
Alguns
dias atrás, assistimos aqui em Goiás, um exemplo execrável do que acabei de me
referir. O jovem secretário da educação, simplesmente subtraiu a gratificação
dos professores da rede estadual, portadores de especialização como mestrado,
doutorado em educação, equiparando – os a iniciantes no magistério. A esses
mestres externamos nossa solidariedade e os incentivamos a continuar lutando
por seus direitos, que provavelmente, venham a ser nossos direitos num futuro
próximo.
Gesto como este expulsam os mais graduados e
competentes professores da rede pública para a rede privada em busca de
melhores remunerações.
Mais
uma vez repudiamos veemente essa atitude do secretario.
Ao
expor essas mazelas da educação brasileira, da goiana em particular, o fiz para
alertar meus colegas formandos do que nos espera no mercado de trabalho, mas
convidamos a todos, que somos mais esclarecidos, a sermos vetores de
transformação do quadro atual.
Ao iniciarmos no mercado de trabalho, saibamos
transformar o pensamento dos nossos educandos, para que, no futuro sejam
cidadãos preparados, evoluídos e eleitores conscientes do seu papel.
Ao
agirmos assim, quem sabe no futuro, todo o povo brasileiro tenha uma Educação e
Saúde de qualidade, gratuita com reza a constituição! Portanto caros colegas,
temos muito trabalho para fazer, e essa etapa que acabamos de concluir é apenas
o começo de muita luta, mas mesmo assim, nós concluímos, portanto hoje podemos
gritar : Essa etapa nós conseguimos!!!!
Muito
obrigada!